Brasil fica entre os 10 países mais perigosos do mundo em 2025, aponta índice global
A ONG responsável pelo índice também alerta para a tendência geral de aumento da violência em vários países da América Latina em 2025
12/12/2025 - 11:50
Um levantamento internacional divulgado nesta quinta-feira colocou o Brasil entre os dez países mais perigosos do mundo em 2025, de acordo com o índice de conflitos da organização não governamental Armed Conflict Event Location and Data Project (ACLED). A avaliação considera quatro critérios principais — mortalidade, risco para civis, abrangência geográfica dos conflitos e o número de grupos armados atuando — e posiciona o país na 7ª colocação, atrás de nações marcadas por guerras e instabilidade, como Palestina, Mianmar, Síria, México e Nigéria. A situação representa um recuo de uma posição em relação ao ranking do ano anterior, quando o Brasil ocupava o 6º lugar na lista de países mais perigosos.
Segundo o relatório da ACLED, a inclusão do Brasil entre os países com maior nível de perigo está associada principalmente à atuação e à disputa territorial de grupos criminosos em diversas regiões, especialmente no contexto da violência urbana e de confrontos entre facções. O documento destaca episódios de violência relacionados à disputa por controle de territórios pelo crime organizado, que vêm mantendo altos índices de homicídios e ocorrências violentas mesmo diante de operações policiais e políticas públicas voltadas à segurança.
A ONG responsável pelo índice também alerta para a tendência geral de aumento da violência em vários países da América Latina em 2025, reforçando que abordagens como a simples intensificação da presença militar ou policial podem não produzir resultados sustentáveis a longo prazo, podendo até agravar a fragmentação entre grupos armados e o nível de conflito.
O ranking completo divulgado pela ACLED coloca, na sequência do Brasil, na 8ª posição o Haiti, seguido por Sudão e Paquistão, países igualmente afetados por conflitos, instabilidade política ou violência endêmica.